Ataque israelense no sul do Líbano deixa três mortos
Três pessoas morreram nesta segunda-feira (5) em ataques israelenses no sul do Líbano, anunciou o Ministério da Saúde libanês, sendo duas delas membros do Hezbollah, de acordo com este movimento islamista.
O Ministério da Saúde afirmou que duas pessoas morreram em Mais al Yabal, uma localidade na fronteira com Israel, e uma terceira que viajava de motocicleta perdeu a vida em Ebba, no sul do Líbano.
Estes ataques ocorrem em um momento de crescente temor de uma conflagração regional, após o Irã e seus aliados prometerem retaliação pelos assassinatos do líder político do Hamas e do comandante militar do Hezbollah, atribuídos a Israel.
O Exército israelense anunciou nesta segunda-feira que "eliminou o terrorista Ali Jamal Aldin Jawad" na região de Ebba, descrevendo-o como "um comandante" da unidade Al Radwan, a força de elite do Hezbollah.
"Sua eliminação reduz significativamente a capacidade do Hezbollah de realizar atividades terroristas a partir do sul do Líbano contra o norte de Israel", acrescentou o Exército.
O Hezbollah libanês, aliado do grupo palestino Hamas e que há meses troca agressões diariamente com o Israel na fronteira, relatou a morte de Ali Jamal Aldin Jawad e de um segundo combatente morto em Mais al Yabal por ataques israelenses.
O movimento também reivindicou uma série de ataques contra posições militares israelenses no norte de Israel "em resposta ao assassinato perpetrado no cemitério de Mais al Yabal".
A Agência Nacional de Informação libanesa (ANI, oficial) especificou que um dos dois mortos em Mais al Yabal era "um socorrista da associação Al Risala", pertencente ao movimento Amal, aliado do Hezbollah.
Desde o início da guerra em Gaza entre Israel e Hamas em outubro, o Hezbollah abriu uma "frente de apoio" ao movimento islamista palestino no sul do Líbano.
A violência na fronteira já causou pelo menos 550 mortes no Líbano desde outubro, a maioria combatentes do Hezbollah, mas também de 116 civis, segundo um levantamento da AFP.
22 soldados e 25 civis morreram em Israel e na região ocupada das Colinas de Golã, de acordo com as autoridades.
(Y.Harris--TAG)