EUA encerra problemática missão de cais temporário em Gaza
Os Estados Unidos puseram fim à problemática missão militar que tinha como objetivo entregar ajuda humanitária de emergência ao território palestino da Faixa de Gaza através de um cais temporário, disse nesta quarta-feira (17) um militar do alto escalão.
"A missão marítima de reforço que envolve o cais foi concluída, por isso já não há necessidade de utilizar o cais", disse aos jornalistas o vice-almirante Brad Cooper, chefe adjunto do Centro de Comando para o Oriente Médio do Exército americano.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou a manifestar decepção com o funcionamento do cais, que se desprendeu diversas vezes da costa devido ao mau tempo desde a sua instalação inicial em meados de maio. Isso limitou consideravelmente a extensão de suas operações.
O cais, com um custo de pelo menos 320 milhões de dólares (R$ 1,75 bilhão), foi parte dos esforços internacionais para evitar as restrições de acesso por terra à Faixa de Gaza impostas por Israel, um aliado próximo de Washington.
Em maio, a estrutura ficou danificada pelo mau tempo e teve que ser retirada para reparos. Depois, foi montada novamente em 7 de junho, mas foi transferida à cidade israelense de Ashdod em 14 de junho para protegê-la de uma ressaca.
Mas a distribuição da ajuda humanitária depois do desembarque também foi um problema. O Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU suspendeu as entregas que chegavam através do cais no mês passado para avaliar a situação de segurança, depois que Israel realizou uma polêmica operação militar na área.
Biden anunciou o projeto em março, quando Israel atrasou as entregas por terra, e o Pentágono considerou que a medida forçou o governo israelense a abrir mais rotas de distribuição.
"A instalação desse cais ajudou a garantir o compromisso israelense de abrir passagens adicionais para o norte de Gaza", declarou a jornalistas, na semana passada, a subsecretária de imprensa do Pentágono, Sabrina Singh.
(L.Thomas--TAG)