Abraços e alívio no retorno à Argentina de repatriados de Israel
Dezenas de famílias receberam emocionadas e com alívio seus filhos adolescentes, que chegaram neste domingo (15) à Argentina, no primeiro grupo de repatriados de Israel, em um voo no qual também vieram os professores que os acompanharam em meio ao conflito com o movimento islâmico Hamas.
"Foram dias tensos, de incerteza. Vivemos com muito medo [...] É um choque muito grande", disse à AFP Hernán Fray, que esperava sua filha Karen, de 15 anos.
Os aplausos explodiram assim que o avião da companhia aérea estatal pousou no aeroporto de Ezeiza, nos arredores de Buenos Aires, trazendo-os de Roma. Ao descerem, muitos correram para abraçar os familiares que os esperavam com faixas de boas-vindas e bandeiras argentinas.
Ao longo da semana, eles haviam sido transferidos de Tel Aviv para a capital italiana em aviões da Força Aérea Argentina, em uma operação do governo.
O primeiro grupo que chegou este domingo foi de 246 pessoas, das quais 120 eram jovens que se encontravam em viagem de estudos. Até agora, 1.500 argentinos pediram para serem repatriados.
"Sinto alegria, felicidade, emoção. Viemos com algumas expectativas e tivemos outras. Graças a Deus, tivemos sorte de não ter acontecido nada com a gente. Fomos muito bem cuidados. Fazíamos atividades para nos distrairmos", disse Coni, de 15 anos, ao lado do pai.
"Ficamos o tempo todo em um lugar. Soavam as sirenes, duas vezes fomos para um abrigo. Mas agora estamos todos felizes porque estamos aqui. Tínhamos medo de ficar mais dias, de ficar lá. Foi pura emoção quando eu vi meu pai", acrescentou a jovem que não revelou o sobrenome.
Os viajantes também foram recebidos no aeroporto pelo chanceler Santiago Cafiero.
A comunidade judaica da Argentina conta com mais de 250.000 pessoas e é a maior da América Latina.
(E.Taylor--TAG)