Trump nega ter compartilhado segredos de submarinos nucleares com bilionário australiano
O ex-presidente americano Donald Trump negou, nesta sexta-feira (6), ter compartilhado informações confidenciais sobre submarinos nucleares dos Estados Unidos com um empresário australiano em uma reunião no seu clube de Mar-a-Lago, na Flórida, pouco depois de deixar a Casa Branca, desmentindo informações da imprensa.
Citando fontes anônimas, o jornal The New York Times identificou o executivo como o magnata Anthony Pratt, que dirige uma das maiores empresas de embalagens do mundo.
A ABC News, que divulgou a história primeiro, disse que Pratt compartilhou detalhes confidenciais sobre os submarinos americanos com "dezenas de outras pessoas, incluindo mais de uma dúzia de autoridades estrangeiras, vários de seus próprios funcionários e um punhado de jornalistas".
Fontes disseram ao New York Times que as revelações de Trump "colocaram potencialmente em perigo a frota nuclear americana".
O ex-presidente classificou as revelações como "ridículas".
"Estas histórias falsas estão sendo divulgadas por promotores corruptos que tentam interferir nas eleições presidenciais de 2024", acusou Trump, sem apresentar provas.
Promotores federais que já investigavam Trump por posse de material confidencial em Mar-a-Lago depois que ele deixou o cargo interrogaram Pratt duas vezes sobre o incidente, segundo relatos.
Pratt poderá agora ser chamado pelos promotores para depor contra Trump em seu julgamento sobre documentos confidenciais, que começará em maio, na Flórida.
Pratt se reuniu com Trump em seu clube em Palm Beach em abril de 2021 e disse ao ex-presidente que achava que a Austrália deveria começar a comprar seus submersíveis dos Estados Unidos, segundo a ABC.
Em resposta, Trump supostamente confidenciou ao empresário o número exato de ogivas nucleares que os submarinos americanos carregam rotineiramente e o quão perto podem chegar dos submersíveis russos sem serem detectados, segundo o veículo.
Além do caso dos documentos confidenciais, Trump enfrenta outras três acusações na Justiça: uma federal e outra no estado da Geórgia por seus esforços para anular sua derrota eleitoral e manter-se no poder, além de outra em Nova York pelo pagamento de propina a uma atriz pornô para comprar seu silêncio.
Trump também está sendo julgado em Nova York por supostamente inflar o valor de seus bens para obter melhores condições financeiras de bancos e asseguradoras.
(F.Jackson--TAG)